quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Big Bang Brasil

Todo ano uma emissora de TV escolhe cerca de quinze pessoas para se “engalfinharem” por três meses e colocarem seus valores a prova por um prêmio de sete dígitos, alguns carro, computadores e “otras cosas más”. Daí eles falam mal, amam, choram e até fazem “amizades de infância”, tudo isso na falsidade com seus “abraços vazios e olhares de gelo” na mais pura hipocrisia.

Ainda vem Pedro Bial toda noite dizer “Meus heróis, como vão nessa nave louca?” Heróis? Por que eles são heróis? Porque eles acordam todo dia dez da manhã após terem sobrevivido a uma festa regada a muito álcool e mulheres? Os verdadeiros heróis estão espalhados pelo Mundo se acordando às quatro da manhã para batalhar a fim de somar uns trocados para no fim do dia poderem se reunir em volta de uma mesa e jantar com sua família, estão dirigindo ônibus lotados para você ir para o trabalho todo dia, dia esse que ao final dele você vai sentar naquele sofá para ver quem vai ser o mais mascarado por ali, daí depois de tudo isso você vai dormir? Não pegue seu telefone ou seu computador e “Vote, vote a vontade” você é uma máquina de votar não precisa dormir, vote em alguém que você não conhece você não vai usufruir do prêmio, mas isso vai lhe dar pontos para sua carteirinha de hipócrita oficial.

E ainda tem outro problema a “diversidade social” “normalmente” tem um negro, um homossexual, uma pessoa de um tribo adolescente e agora passaram a colocar uma pessoa de mais ou menos 40 anos. Ah e tem também um ou dois ex-hipocritas pronto agora ele te prendem por três meses. Completando os quinze com montes de “mulheres gostosas” na piscina.

E ao final de tudo com sete dígitos bancários o hipócrita desaparece sem deixar vestígios? Não ele vai para grande mídia absorver mais do seu dinheiro.

“Não se ligue no reality show, se ligue na reality life!”

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O real Brasil e seus “heróis de fachada”

“Vivemos em uma época do politicamente correto demais, e isso me deixa um pouco desesperada porque eu acho que a gente precisa de anti-heróis também não só de heróis, principalmente heróis de fachada”

Pitty



Nos tempos da ditadura tivemos o que muito brasileiros, inclusive eu, julgamos ser um herói , Chico Buarque de Holanda. Ele lutou contra a ditadura da forma que sabia fazer melhor: com suas músicas, tendo destaque a minha preferida, “Cálice”, na qual lutava pela liberdade de expressão. Resultado: foi afastado de terras tupiniquins por um tempo, no chamado exílio.

2010, ano de eleição, poucos dias antes de milhões de brasileiros irem às urnas para votar no primeiro segundo turno da história desse país disputado por três candidatos: Dilma Rousseff, José Serra e Nulo, o único sem sobrenome, o que menos chance teria de ganhar e seria a melhor escolha para o Brasil. A presidenta, assim mesmo com “a” no final, uma mulher que nem ao menos consegue administrar uma simples loja de brinquedos, que surgiu Deus sabe de onde, que é a favor do aborto... Gente, isso é um absurdo! Aborto? Crianças inocentes iriam morrer se nosso herói não viesse nos salvar novamente. E quem confiava? EU, eu confiei e esperei e ele não me decepcionou, ele chegou, chegou mais não do lado correto. Lá estava o nosso “herói” na propaganda eleitoral, não tão gratuita assim, da pior das três escolhas: Dilma Rousseff. O que um dos grandes heróis brasileiros estaria fazendo ali? Heroísmo de fachada e nada mais. Vidas foram poupadas na ditadura por heróis, tudo que menos quero é que vidas inocentes sejam desperdiçadas por heróis de fachada.

“Lobo em pele de cordeiro”, será que o meu antigo ídolo Chico Buarque de Holanda poderia explicar essa expressão?




Rafael Oliveira Magalhães para o blog Pão and água.

1:08 am

03/11/2010